segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Aqui-e-agora - sem coincidências

Não existem coincidências: fato!

Participei hoje de uma oficina no Hub Curitiba chamada: O processo de cocriação de Comunidade de Práticas de Desenvolvimento.

Vários acontecimentos davam indícios de que era melhor eu ir pra casa e desistir dessa atividade (e dizer sim à inércia!): estava chovendo, eu me atrasei com as tarefas no trabalho e chegaria bem atrasada à oficina... enfim.
Mas eu decidi ir de qualquer jeito e ver no que ia dar.

Cheguei 25 minutos atrasada, meio perdida sobre qual papo estava rolando... Mas, de cara, já encontrei uma amigona. Além da Glenda (GSA também) que eu havia convidado pra oficina.

Explicação vai, explicação vem. Chegou a hora de compartilharmos as práticas que desenvolvemos nas nossas comunidades e eis que um dos participantes fala: "Eu tenho atividade em Paranaguá toda segunda-feira. E nessa segunda-feira, hoje, eu não tive. Isso não é coincidência. Eu tinha que estar aqui, com vocês, agora. Para sair daqui diferente de como eu cheguei."

Na hora me deu um estalo e eu lembrei de uma fábula que foi contada no primeiro módulo do Laboratório de Pedagogia da Cooperação (LabPedCoop) que eu transcrevo abaixo:

Fábula do Aqui-e-agora

Num outro tempo, num outro espaço, havia um Rei movido por suas In-Quieta-Ações, dúvidas e curiosidades. Tudo queria saber. Observava e questionava sobre todas as coisas.
Porém, em suas buscas não encontrava respostas para 3 perguntas essenciais:
A primeira era: Qual é o momento mais importante na vida de um ser humano?
Para essa, lhe diziam: Ah! É o nascimento, é o casamento, é a formatura... mas, nenhuma resposta lhe servia.
A segunda questão era: Qual a pessoa mais importante na vida de um ser humano?
E muitas respostas logo surgiam: é seu pai, sua mãe, seus filhos... mas, nada que lhe diziam o agradava.
E a terceira pergunta era: Qual a coisa mais importante que um ser humano pode fazer durante sua vida?
Então, lhe falavam: Ah! É escrever um livro; é plantar uma árvore; é ter filhos, dançar...  E novamente, as respostas não o satisfaziam.
Muito tempo já cansado de sua busca, o Rei ao caminhar por uma aldeia de seu reinado encontra uma velha casa, muito humilde. Resolve então, bater à porta para pedir repouso.
Ao abrir da porta, surge a sua frente a figura de um velho eremita e ao vê-lo, o Rei relembra das três perguntas que o inquietavam tanto e resolve fazê-las ao velho:
Então o Rei fez a 1ª. Pergunta: Qual é o momento mais importante na vida de um ser humano?
O velho ermitão olhou para o Rei e humildemente lhe respondeu: O momento mais importante na vida de um ser humano é o presente, o aqui-e-agora.
O Rei surpreso com a resposta logo lhe propôs a seguinte: E qual é a pessoa mais importante na vida de um ser humano?
O ermitão novamente com calma lhe disse: A pessoa mais importante na vida de um ser humano é a pessoa com quem você está no aqui-e-agora.
O Rei com a esperança renovada de que sua sede por respostas finalmente estava sendo saciada, logo colocou a terceira e ultima pergunta: Mas, então me diga, meu bom homem: Qual é a coisa mais importante a ser feita na vida de um ser humano? O velho sábio com toda a sua humildade respondeu:
A coisa mais importante a ser feita na vida de um ser humano é o que você pode fazer com a pessoa que está com você, no aqui-e-agora. (Contada por um grupo de participantes do Curso de Jogos Cooperativos, no Sescoop-RS, POA, março, 2005. Adaptada por Fábio Otuzi Brotto.)

E é isso ai!
Ando meio inquieta com algumas decisões, mas sinto que essa troca de experiências e a lembrança da fábula me acalenta e me indica que estou no caminho certo:
buscando o melhor de mim e de quem está comigo no aqui e no agora para juntos, somando nossas habilidades e potencialidades transformar nossas vidas, nossos espaços... O MUNDO!!!

E falando em transformar o mundo... Na oficina falamos muito de mudar pessoas: o que precisamos fazer para ajudar as pessoas a melhorarem de vida, o que fazer para elas perceberem que são capazes, coisas assim... 
E mais uma vez tenho certeza do poder daquela frase que coloquei lá no Catarse: "Ninguém muda ninguém, mas ninguém muda sozinho. A mudança acontece pelo encontro."

Jogo do Tocô-Colô no 1º Módulo do LabPedCoop - o encontro que me mudou das mais variadas formas possíveis.
Obrigada a todos e todas que se encontram comigo todos os dias e me ajudam a ser cada vez mais quem eu realmente sou, a versão mais autêntica e genuína de mim mesma. 

Seguimos juntos!

Beijos!

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